Glow é uma série de comédia, com
pouquissímos picos de drama que conta a história do Glow Wrestling, um
programa de luta livre dos anos 80, onde apenas mulheres se apresentavam.
Na série, acompanhamos o início do projeto até a sua primeira exibição ao vivo.
A história é muito divertida de acompanhar e apenas isso. Não há
nada de extraordinário no roteiro, ou seja, o roteiro não explorou tanto os
caminhos em que podia seguir e não se arriscou tendo favoritismo pela cautela.
O resultado deu em uma série um pouco meia boca. Não digo "meia boca"
em questão de produção, pois a produção é incrível, a direção de arte é
impecável, trilha sonora, a série leva o expectador aos anos 80. Meu problema, contudo, foi o
roteiro e a falta de exploração. Ele nos oferece um leque de personagens femininas
de personalidades e origens distintas que terminam ali naquele galpão e acabam
convivendo entre si, mas não explora a história de nem 70% delas.
O foco da história segue em Ruth (Alison
Brie), Debbie (Betty Gilpin) e no diretor, essencialmente carismático, Sam,
interpretado pelo comediante e ator, Marc Maron. Enquanto a história de umas
das personagens mais doces da trama, Carmen, fica parcialmente inserido, assim
como acontece com Cherry e Rhonda. Contudo, as outras personagens são
completamente ignoradas, funcionando apenas como meras figurantes em uma
história que aborda timidamente o “auge do poder feminino”. Não estou
reclamando de abordarem sobre isso. Apenas que ficou mal inserido e quando é
mencionado fica um assunto um tanto jogado e sem nexo.
Foi muito interessante acompanhar o
desenvolvimento da Debbie em um episódio que o foco é só dela. Como que ela
evolui depois de assistir sua primeira luta ao vivo descobrindo então uma
paixão que nem existia. Outra coisa foi a maneira sútil que o roteiro encontrou
para dizer que a Ruth estava grávida. São essas situações que reforçam o poder
da criatividade do roteiro. Como no piloto onde Sam consegue visualizar
nitidamente com o seu olhar de diretor, uma luta que ele nem tinha certeza se
ocorreria, mas aquilo já estava nítido na mente dele, que é o que de fato
acontece. E para finalizar a amizade de Ruth e Sam, que foi um ponto até inesperado, já que Sam achava Ruth insuportável.
A história também é muito fiel às
participantes do programa dos anos 80 como vocês podem conferir abaixo e possui
uma representatividade pela diversificação de suas personagens.
Nota
5,0
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