Há quem negue que essa luta é uma mentira, ou mesmo uma invenção comunista, ou dos "esquerdinhas". De toda forma, a característica que a série mais deixou evidente foi de que a luta é real. Enquanto os ricos na terra estão a explorar o sistema recém colonizado, os pobres estão a fazer esse serviço por eles. Extração de recursos materiais, minérios, etc. Tudo necessário para que haja sobrevivência humana.
Outra característica que não mudou foi o fato de os pobres ainda serem os menos favorecidos. A falta de água e de ar são os maiores problemas desencadeados pela nova colonização. E quem sofre com isso são as pessoas que tem de lidar com os filtros de ar poluídos tendo então que respirar um gás, que de certa forma é tóxico.
O que nos remete a voltar o olhar para o nosso próprio tempo. Foram 200 anos, e tudo o que sentimos é uma profunda tristeza por saber que na realidade a série não parece ser tão futurística assim.
A mão-de-obra continua sendo os pobres e a exploração dessa é o componente principal de uma série que nos deveria mostrar o que esperar das melhorias que uma colonização dessa poderia proporcionar. Certamente, a empolgação não é o principal fator. Mas, não nos esquecemos caros, de que esse é somente o início. Afinal, os militares assumiram o controle de um planeta inteiro e eliminaram uma nave de humanos que habitavam "Ceres". Está para estourar uma guerra nessa trama, e certamente, a luta de classes parece ser cada vez mais real. Se ela já não o é, evidentemente ficará.
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